Piscianas e escorregadias

Lembro-me de uma vez que o patrão estava no Boulevard São Bento tomando um vinho, e conheceu uma atraente mestiça com cabelos negros, lisos, brilhantes e... Pisciana! Conversando com ela, soube que já conhecia o chefe há algum tempo, e que o observava sempre. Ela então tocou em mim e disse: "quero ir para um lugar mais reservado".
Ingênuo, ele a levou para uma pracinha no vale do Anhangabaú. A Pisciana, entretanto, queria um lugar mais reservado, e lá fomos nós 3 para o motel. Gradualmente, as peças foram sendo retiradas, enquanto eu pensava "há algo de errado, isso está muito fácil". Custei a endurecer diante dessa situação, achando que ela afrouxaria no último instante -- sabe, só costumo ser rígido quando acredito que está tudo certo. E eis que aconteceu: calcinha tirada, capuz plástico devidamente colocado, ela começa a chorar e diz "sou virgem, quero ir embora". Foi.
Outra vez, alguns meses depois, conhecemos (eu e o patrão) no ônibus uma Pisciana que cursava publicidade, tinha olhos verdes maravilhosos, mas era casada. Embora nós não sejamos muito católicos, costumamos respeitar essa instituição, mas ela deu mole demais... A coisa precisava acontecer.
Depois desse encontro no ônibus a convidamos para vir em casa com o pretexto de mostrar algumas fotos. É claro que, aqui, na toca do lobo, fica tudo mais fácil. Mais uma vez, as peças foram sendo retiradas com furor, eu já estava completamente nu, na vulga "portinha", quando tocou o telefone. Odiei quem ligou, mas mais que isso, detestei o que aconteceu a seguir: ela começou a chorar e disse "sou casada, quero ir embora". Foi.
Pode ser que eu tenha tido experiências muito controversas e traumáticas, mas discordo de Amanda: "A pessoa deste signo pode ser uma criatura paradoxal, contrastante, contraditória, variável e, por isso mesmo, fascinante". Paradoxal, contrastante, contraditória e variável sim. Fascinante, pelo jeito, só de longe.
Font: Terra
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