segunda-feira, novembro 14, 2005

Escolhas

O sucesso da promiscuidade exige que se façam escolhas corretas, na hora correta. Nesse sentido, preciso trabalhar em conjunto com o patrão: se ele faz a escolha certa, eu entro em cena, senão, ambos ficamos brigados até a próxima ocasião.
Imagine então a cena 1: o chefe no balcão de uma padaria, esperando uma mulher que prometeu sair com ele na noite de sexta. Toma uma taça de vinho e um suco de laranja, para balancear o alcool -- eu sou um tanto conservador e contra alcool, se ele bebe me recuso a trabalhar -- e de repente, eis que surge uma ruiva maravilhosa, de olhos verdes, como diriam nossos amigos da época do colegial, "pagando uma madeira". Depois de um copo de suco de laranja, o patrão levanta os dedos indicadores e médio, no maior estilo "comercial de guaraná", e chama a ruiva.
Ela vem. Nesse momento quase tive certeza de que as câmeras registravam e ia aparecer uma lata de Guaraná Antártica ou de Kuat. Veio a ruiva... Estava com frio, tadinha. Abraçamos, e quando o chefe quase ia para o ataque, lembrou que estava esperando a outra. Num movimento bastante amadorístico, deu o telefone para a ruiva e pediu para que ela o ligasse. Saiu do bar, frustrado, para que não acontecesse nenhum imprevisto.
Ligou novamente para a original, e ela ainda estava trabalhando. Pediu mais quinze minutos. Vinte. Trinta. Uma hora. Quando percebeu que o shopping estava fechando, ligamos novamente para ela: "passei aí e não te vi, vim embora". Puta que pariu (se é que vocês permitem a um falo falar palavrão)!!! Mesmo assim, corremos atrás, e fomos obrigados a ouvir que "ela não beijaria logo assim, de primeira". Fiquei de marcar a próxima, talvez no século 22.
Cena 2: Numa outra noite, estávamos em uma festa, essa sim promissora: dois espetáculos nos cercavam, deixando-nos livre para escolher. Nesse momento, o ideal era fazer duas frentes e nos dividirmos, claro, mas há uma ligação escrota entre eu e o chefe. Escolhemos uma das duas e partimos para o ataque. Deu certo.
A noite iria render, os beijos estavam quentes, a sintonia perfeita, as mãos corriam livremente pelos corpos. Tudo estava bom demais, até demais, é claro que eu deveria ter antevisto: aquele espetáculo, quase que um monumento, desmoronou de tanto beber. Tive que socorrer e deixá-la em casa, de táxi. Resultado: R$120 entre balada e taxi e passei a noite em casa vendo o final do sexytime.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

sempre me depilo, vai que encontro alguém que nem você...

27/11/05 16:16  

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