domingo, novembro 27, 2005

Pinto Dinah

Acho que sou o primeiro pênis mediúnico sobre o qual se ouviu falar. Veja: em 31 de Outubro desse ano no meu Ensaio falei sobre Bruna Surfistinha. E agora até a Folha tá falando sobre ela! Pudera: essa escorpiana é uma puta marqueteira, uma expert do marketing pessoal. Sabe lidar com os altos e baixos da carreira e da vida.
Continuo afirmando: Raquel -- ou Bruna, sou seu fã. Você é do caralho! Pena que agora não é dos caralhos...

quarta-feira, novembro 16, 2005

Capitão Caverna

Aconteceu muitas vezes: a mulher é linda, a garota um espetáculo. Rosto e corpo perfeito, sorriso e olhar com um inexplicável brilho quase que divino. Beijos que se encaixam como porca e parafuso, corpos que se encostam e soltam faíscas. Quando sai a calcinha acontece o encontro com o monstro.
Capitão Cavernaaaaaaaa! Hoje existem diversos produtos para a depilação feminina, já não é mais desculpa dizer que a cera dói ou que o gilette dá coceira! Veet, por exemplo, basta aplicar, deixar um tempo e retirar com a espátula. Pronto! Matamos a caranguejeira! E veja que a depilação não é um simples problema estético.
O chefe por diversas vezes usa cavanhaque, e acha extremamente desconfortável a sensação de velcro quando ele encosta o queixo levemente durante um oral. Pior que isso é quando alguns pêlos metidos a espinha de peixe resolvem esconder-se na garganta e ficarem por lá durante algumas horas, incomodando, livre do alcance de dedos e goladas de água. É desconfortável e enjoativo! Pior: de vez em quando eles dão de entrar pelo nariz... Aí sim é uma tristeza.
Lembro-me de uma vez que o patrão resolveu encarar o bicho, e foi ter cara a cara com o monstro logo abaixo do umbigo. A primeira luta foi achar o clítoris: tinha tanto pelo que era impossível distinguir o que era o lábio, a virilha ou o outro buraco. A próxima batalha foi chegar com a língua até lá, sem sufocar-se com os pelos entrando em todas as cavidades possíveis e imagináveis. Ela perguntou: está gostando? Ele cuspiu algumas vezes, engasgou com os pelos e respondeu: uma delícia!
"Os pêlos são incômodos e não há como negar", diz Paula Balsinelli, em matéria no iG. Cleópatra mesmo já se depilava usando panos embebidos em cera. Certa vez deparei-me com uma mulher que disse que não depilava as pernas porque isso simbolizava a "libertação feminina". Deus do céu, haja gorila numa sociedade livre! Até lá precisam inventar camisinha para a boca.

segunda-feira, novembro 14, 2005

Escolhas

O sucesso da promiscuidade exige que se façam escolhas corretas, na hora correta. Nesse sentido, preciso trabalhar em conjunto com o patrão: se ele faz a escolha certa, eu entro em cena, senão, ambos ficamos brigados até a próxima ocasião.
Imagine então a cena 1: o chefe no balcão de uma padaria, esperando uma mulher que prometeu sair com ele na noite de sexta. Toma uma taça de vinho e um suco de laranja, para balancear o alcool -- eu sou um tanto conservador e contra alcool, se ele bebe me recuso a trabalhar -- e de repente, eis que surge uma ruiva maravilhosa, de olhos verdes, como diriam nossos amigos da época do colegial, "pagando uma madeira". Depois de um copo de suco de laranja, o patrão levanta os dedos indicadores e médio, no maior estilo "comercial de guaraná", e chama a ruiva.
Ela vem. Nesse momento quase tive certeza de que as câmeras registravam e ia aparecer uma lata de Guaraná Antártica ou de Kuat. Veio a ruiva... Estava com frio, tadinha. Abraçamos, e quando o chefe quase ia para o ataque, lembrou que estava esperando a outra. Num movimento bastante amadorístico, deu o telefone para a ruiva e pediu para que ela o ligasse. Saiu do bar, frustrado, para que não acontecesse nenhum imprevisto.
Ligou novamente para a original, e ela ainda estava trabalhando. Pediu mais quinze minutos. Vinte. Trinta. Uma hora. Quando percebeu que o shopping estava fechando, ligamos novamente para ela: "passei aí e não te vi, vim embora". Puta que pariu (se é que vocês permitem a um falo falar palavrão)!!! Mesmo assim, corremos atrás, e fomos obrigados a ouvir que "ela não beijaria logo assim, de primeira". Fiquei de marcar a próxima, talvez no século 22.
Cena 2: Numa outra noite, estávamos em uma festa, essa sim promissora: dois espetáculos nos cercavam, deixando-nos livre para escolher. Nesse momento, o ideal era fazer duas frentes e nos dividirmos, claro, mas há uma ligação escrota entre eu e o chefe. Escolhemos uma das duas e partimos para o ataque. Deu certo.
A noite iria render, os beijos estavam quentes, a sintonia perfeita, as mãos corriam livremente pelos corpos. Tudo estava bom demais, até demais, é claro que eu deveria ter antevisto: aquele espetáculo, quase que um monumento, desmoronou de tanto beber. Tive que socorrer e deixá-la em casa, de táxi. Resultado: R$120 entre balada e taxi e passei a noite em casa vendo o final do sexytime.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Piscianas e escorregadias

"Pescar alguém de Peixes pode ser fácil, mantê-lo ao seu lado é outra história" diz Amanda Costa, no portal esotérico do Terra. Este pênis que vos fala comprovou a tese da astróloga, e acredita que as Piscianas todas tem um sério problema de inconstância -- ou talvez seja eu que não consiga entendê-las.
Lembro-me de uma vez que o patrão estava no Boulevard São Bento tomando um vinho, e conheceu uma atraente mestiça com cabelos negros, lisos, brilhantes e... Pisciana! Conversando com ela, soube que já conhecia o chefe há algum tempo, e que o observava sempre. Ela então tocou em mim e disse: "quero ir para um lugar mais reservado".
Ingênuo, ele a levou para uma pracinha no vale do Anhangabaú. A Pisciana, entretanto, queria um lugar mais reservado, e lá fomos nós 3 para o motel. Gradualmente, as peças foram sendo retiradas, enquanto eu pensava "há algo de errado, isso está muito fácil". Custei a endurecer diante dessa situação, achando que ela afrouxaria no último instante -- sabe, só costumo ser rígido quando acredito que está tudo certo. E eis que aconteceu: calcinha tirada, capuz plástico devidamente colocado, ela começa a chorar e diz "sou virgem, quero ir embora". Foi.
Outra vez, alguns meses depois, conhecemos (eu e o patrão) no ônibus uma Pisciana que cursava publicidade, tinha olhos verdes maravilhosos, mas era casada. Embora nós não sejamos muito católicos, costumamos respeitar essa instituição, mas ela deu mole demais... A coisa precisava acontecer.
Depois desse encontro no ônibus a convidamos para vir em casa com o pretexto de mostrar algumas fotos. É claro que, aqui, na toca do lobo, fica tudo mais fácil. Mais uma vez, as peças foram sendo retiradas com furor, eu já estava completamente nu, na vulga "portinha", quando tocou o telefone. Odiei quem ligou, mas mais que isso, detestei o que aconteceu a seguir: ela começou a chorar e disse "sou casada, quero ir embora". Foi.
Pode ser que eu tenha tido experiências muito controversas e traumáticas, mas discordo de Amanda: "A pessoa deste signo pode ser uma criatura paradoxal, contrastante, contraditória, variável e, por isso mesmo, fascinante". Paradoxal, contrastante, contraditória e variável sim. Fascinante, pelo jeito, só de longe.
Font: Terra

quarta-feira, novembro 02, 2005

Saber gemer

O patrão imprudente acaba de perder duas mulheres! Conheceu uma e se engraçou pela amiga, estava ficando com uma e mesmo assim, levou a amiga para a escada do prédio e lá fui eu, cumprir minha função. Achou que fosse se dar bem, mas apareceu uma terceira mulher na história, que fez a ponte de informações entre as duas e contou para a original que o chefe estava querendo traçar a amiga.
E eu ainda pensava que poderia rolar um menáge!!! Droga!!! Este órgão que vos fala tem experiência em grupal, mas tem uma azar imenso quando tenta transar com duas mulheres. Ou elas desistem de última hora, ou as circunstâncias são impedidas por motivo de força maior. Confesso que, quando há outros homens presentes, sinto uma imensa dificuldade em ficar acordado (ou seja: brocho!). Com várias mulheres é diferente, mas porra, precisava ser tão zicado assim?
Sem deixar de falar sobre uma das envolvidas e adentrando uma pauta de interesse mais comum, faço questão de falar um pouco sobre gemido. Pô, um desempenho sexual a partir de razoável depende de como se geme. Ainda não sei bem se prefiro aquelas que gemem avisando os vizinhos do prédio ao lado que estão quase gozando, ou as que gemem baixinho mas com maestria. De qualquer forma, desclassifico do pódio as que não gemem ou que gemem de maneira estranha. A de hoje, por exemplo, parecia reclamar de dor, como se não estivesse gostando, e repetia por diversas vezes "não, não, não". Veja: não dizia "não para", simplesmente dizia "não!". O que será que ela queria dizer com isso? No final, gozou, e continuou dizendo "não".
Me lembro de um causo ainda mais engraçado: uma argentina, que mal falava português -- mas falava um pouco -- gemia e falava palavras desconexas, tanto que uma hora passei a desconsiderar o que ela dizia (até porque fazer força pra entender um castelhano arrastado e gemido era algo que eu não tinha condições de fazer no momento). Só que uma hora ela pareceu que estava dizendo algo de fato importante, mas como eu não entendi, desconsiderei. Ela repetiu, em espanhol... Desconsiderei novamente. Até que, em português alto e claro, ela se fez entender: "Mete o dedo atrás, porra!".
Por fim, uma maravilhosa tenista russa foi penalizada por seus gemidos durante os jogos. O Sunday Times diz que seus gemidos alcançam em decibéis "quase o mesmo barulho de um avião pequeno aterrissando" (íntegra). Os gemidos ficaram tão famosos que diversas empresas de celular da europa colocaram-nos à disposição para baixar como toque de celular.
Como se vê: gemer é uma arte. E gemer bem é fundamental para um orgasmo de qualidade.
Fontes: Agência Estado, El País - Foto de María Sharapova: Reuters

terça-feira, novembro 01, 2005

Que venham as vacas!

Tem dia em que a moral tá baixa. Com moral baixa, tudo baixa... É como se nada adiantasse, todo esforço para fazer as coisas subirem e guinar para cima fosse anulado por essa força invisível que imita a gravidade.
Hoje é o meu segundo dia de blog, e passei o dia discutindo com o patrão sobre até que ponto ele interferiria em meu raciocínio. Ora, ele fica o tempo inteiro cobrando autonomia, dizendo que tem que pensar com sua própria cabeça, e não com a minha. Então que me deixe livre pelo menos para me expressar aqui, e que eu possa pensar finalmente com a minha cabeça, com a legítima cabeça de baixo.
Depois de muita discussão, chegamos a um consenso: desde que eu pare de acordar cedo querendo trabalhar mesmo quando não há serviço, que eu deixe de ser mole quando estiver embriagado e parta pra cima, e sobretudo, que eu pare com essa mania horrível de me meter onde não sou chamado, ganho certa autonomia para me expressar e a promessa de que não vou mais precisar tomar esse remédio azul que me dá insônia! Mas apesar de nossos desentendimentos, não suporto deixar o chefe na mão.
Deixando esse papo brochante de lado, olha só que legal: resolveram levar as vacas para a periferia! E olha que não é baile funk nem puteiro de baixo nível, mas é uma iniciativa de inclusão social, a pedido da Soninha, do PT. Impressionante... Apurar denúncia de corrupção, nada, mas levar as vacas aos menos favorecidos, isso sim, pode fazer.
foto: TBD