Sindicato dos Órgãos Genitais contra as rapidinhas

Em Minas, ainda hoje, ouvi que "só poderia ficar até as 11h30 da matina". Isso incluia o tempo do chefe descer para a farmácia comprar a camisinha, tomar o café da manhã, preliminares e, por fim, a hora de entrar em cena. Pior que isso, só operador de telemarketing pressionado para atingir meta de venda de assinatura de jornal.
Confesso que podem existir boas rapidinhas. Lembro-me que certa vez a caminho de uma festa, todo o tempo que restava era o tempo de sair do apartamento e chegar no térreo, andando um ou dois andares de escada, com a possibilidade do porteiro aparecer e com a carona de carro esperando, ligando frenéticamente para o celular que vibrava ao meu lado. Foi legal. Mas se eu não souber bem no que estou me metendo, não tiver intimidade e, principalmente, não puder repetir a dose com tempo livre para poder fazer bem o meu trabalho, poderia ter sido extremamente frustrante.
Quisera eu que todo relógio fosse acompanhado de explosivos que se acionassem automaticamente ao menor sinal de tesão. Por isso nosso sindicato teria que batalhar.
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